Se o "Egipto, no dizer de Heródoto, é um dom do Nilo" pode-se dizer que Porto da Lage é um dom do Caminho de Ferro. Também é verdade que sem o combóio, a nossa família, tal como a conhecemos , não seria possível. O jovem dr. José Hipólyto teve o "coup de foudre"(há que usar expressões em françês, dado que era a língua culta, de então e as meninas prendadas da altura, aprendiam a tocar piano e a falar a língua de Voltaire) quando aguardava, , cortêsmente, na estação de Serpa o seu colega mais velho António Joaquim.
Foi porque o dr. José Hipólito, aquando da reforma, resolveu eleger Seiça, terra do sogro, como seu domicílio, por beneficiar de apeadeiro do CF que o jovem clínico, Henrique teve o ensejo de conhecer a que viria a ser sua esposa, de nome Maria José, curiosamente, o mesmo nome da mãe. Caminhos (de Ferro) do Édipo, diriam os mais retorcidos freudianos que já os havia, nesse tempo.
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