A lei do Céu e da Terra

"O céu estrelado por cima de mim, a lei moral em mim, objectos de admiração e veneração sempre novos e maiores à medida que a reflexão a eles se dedica" . O filósofo Kant, autor desta frase, não desdenharia estar sentado nesta escadaria de Minerva ao lado dos colegas de Direito de José Hipólyto (símbolo da "lei moral"), tendo como pano de fundo a torre do Observatório Astronómico (símbolo da Lei do "céu estrelado", a lei da atracção universal de Newton).

Ermida de S. João Baptista

Sem o saber, o dr. Henrique Pereira da Motta, que erigiu esta ermida, seguiu um "arquétipo" fenício. A começar pela escolha do sítio, nos Vales ou junto aos Vales. Este topónimo não tem a ver com a orografia (se o tivesse seria um contra-senso porque fica num alto) mas com a antiga cultura e religião dominante: a fenícia. Vales é uma deformação de Baal (Senhor) a divindade suprema da Fenícia. O facto de ter sido erigida num cabeço também está de acordo com as religiões semitas que se sentem atraídas pelas alturas. Esta acrofilia também se verifica ao nível da religião popular portuguesa.
A capela é dedicada a S. João. Ora S. João, no entender de Moisés Espírito Santo "encontra-se associado a uma divindade popular fenícia que é o Sol, ao messianismo hebraico...Antes de mais, S. João é deus solar...Baalseiman (Deus Sol)...A sua parceira era a Lua (Ishtar)..." A festa de S. João representa a cristianização de um antigo culto solar.
A forma hexagonal da capela..."corresponde ao perímetro do emblema solar formado por dois triângulos cruzados (o signo de seimão), um emblema do Sol, por referência à divindade Baal Seiman, Senhor Sol. O perímetro hexagonal sob o qual assenta a capela (de Gulpilhares) seria a "casa do Sol" (V. Moisés E.S. "Origens Orientais da Religião Popular Portuguesa")
As formas mais antigas dos cultos fenícios tinham lugar em sítios altos, ao ar livre, recorrendo a pedras como meio de sinalizar o local sagrado. As Pedras, conhecidas por bétilos representavam não a divindade, mas "Beth El", a casa de Deus. O local onde foi construída a capela era um local pedregoso, de tal modo que um poema que o dr. Motta escreveu para a inauguração começava com estas palavras: "Entre as pedras foi erguida..."

Pesadas bem as coisas...

Afinal, havia outra...Rosa !

Rosa I - Rosa sem espinhas

Rosa I - Uma rosa sem espinhas

Poemas que a Mamã me recitava à lareira (Maria)

                                        O Papá é que é juiz

                                         A mais velha é muito loira
                                         Branca de rosto rosado
                                         Tem as pupilas escuras
                                         Sorriso que nos cativa
                                         De quem não tomou cuidado
                                         Nem conhece desventuras

                                         A mais nova é morenita
                                         Cabelo castanho fino
                                         Olhos de sua irmã.
                                         É igualmente bonita
                                         E o mesmo riso bonito
                                         Lhe enfeita a boca louçã.

                                         A loira dizem que em breve
                                         Irá ser muito feliz
                                         Em coisas de coração
                                         Não tocamos nem de leve

                                         Não adivinham quem são
                                         O papá é que é juiz ?

                                         É possível que a morena
                                         O mesmo faça e faz bem
                                         Porque a todos enfeitiça
                                         E como a outra também
                                         Venha a ter a mesma pena
                                         Caia nas mãos do feitiço.

Carmona (Brasão Falante)

Brasão Falante dos Carmona

"Brasões portugueses concebidos segundo o modelo do "brasão falante" (o brasão visualiza o nome do portador)

Na Ordem!

António Joaquim Marques de Figueiredo

António Joaquim Marques de Figueiredo - Óbito

"Às 23h do dia 07.02.1931, numa casa do lugar da Tacoaria...faleceu de hemorragia cerebral...António Joaquim Marques de Figueiredo de 74 anos...desembargador aposentado.

Olímpia Barata Freire de Lima e Figueiredo

Olímpia Barata Lima de Figueiredo, que também usava o nome de Olímpia Barata Freire de Lima e Figueiredo,  filha legítima de António Barata Freire de Lima e de Dona Maria Augusta de Matos, natural de Celorico da Beira, casada com o dr. António Joaquim Marques de Figueiredo, desembargador, filho legítimo de Joaquim António de Figueiredo e de Maria Joaquina Marques, mãe de Maria da Conceição Barata de Figueiredo Carmona e de Maria Isabel Barata de Figueiredo Martins, faleceu com 58 anos, às 16 horas do dia 11.12 de 1927 numa casa da Tacoaria, de "abstrução (obstrução?) intestinal".

João Borges X Maria Isabel

Os noivos da República

Maria Isabel Barata Lima de Figueiredo

Óbito de António Joaquim M. Figueiredo

"Às 16 h. do dia 11 de Dezembro de 1927, numa casa do lugar da Tacoaria, da freguesia de Seiça, deste Concelho, faleceu de hemorragia cerebral...

Srª da Conceição madrinha da Maria da Conce

Olímpia Barata Lima de Figueiredo

Cerrada da Fonte ou da Casa Velha

"Saibam quantos virem esta publica escriptura ... que no ano... de 1896 " Luiz Pinheiro da Costa... de Chão de Maçãs vendeu ao Bacharel António Joaquim Marques de Figueiredo, casado, delegado do Procurador Régio na comarca de Villa Flor...um prédio conhecido pelos nomes de Cerrada da Fonte e Cerrada da Casa Velha

Porto da Lage dom do Caminho de Ferro

  Se o "Egipto, no dizer de Heródoto, é um dom do Nilo" pode-se dizer que Porto da Lage é um dom do Caminho de Ferro. Também é verdade que sem o combóio, a nossa família, tal como a conhecemos , não seria possível. O jovem dr. José Hipólyto teve o "coup de foudre"(há que usar expressões em françês, dado que era a língua culta, de então e as meninas prendadas da altura, aprendiam a tocar piano e a falar a língua de Voltaire) quando aguardava, , cortêsmente, na estação de Serpa o seu colega mais velho António Joaquim.
Foi porque o dr. José Hipólito, aquando da reforma, resolveu eleger Seiça, terra do sogro, como seu domicílio, por beneficiar de apeadeiro do CF que o jovem clínico, Henrique teve o ensejo de conhecer a que viria a ser sua esposa, de nome Maria José, curiosamente, o mesmo nome da mãe. Caminhos (de Ferro) do Édipo, diriam os mais retorcidos freudianos que já os havia, nesse tempo.

O Eterno Retorno

Qualquer semelhança com a actualidade é mera coincidência

A caminho da feira

Chapéus há muitos. Faltam é cabeças !!!

Era assim no Portugal do tempo do juíz António Joaquim !

Manuel Augusto Mota

Manuel Augusto Mota (Verso)

Óbituário

Anti-clericalismo republicano

O dr. José Hipólyto Moraes Carmona, comungando o espírito da época, era anti-clerical

Casal Mota

Henrique e Maria José na Quinta da Tacoaria

Heróis do mar...

Heroes do mar ou heróis do bar ?